Sinusite aguda
A rinossinusite é definida como uma inflamação sintomática da mucosa do nariz e das cavidades paranasais, localizadas na face. Pode ser de origem viral ou bacteriana.
O diagnóstico é clínico e deve ser considerado quando o paciente apresenta dois ou mais dos seguintes sintomas: obstrução ou congestão nasal, secreção nasal ou gotejamento nasal posterior, sensação de pressão ou dor facial, redução ou perda do olfato.
Durante a avaliação do paciente, pela rinoscopia anterior, pode-se observar hiperemia e edema da mucosa dos cornetos inferiores e secreção purulenta na cavidade nasal. A endoscopia nasal (videoendoscopia nasal) é um excelente método auxiliar no diagnóstico das rinossinusites, pois este exame permite uma melhor visualização das estruturas nasais, especialmente na região do meato médio, além de avaliar o aspecto, a qualidade da secreção nasal e sua origem.
Na suspeita clínica de rinossinusite, não há necessidade de radiografia simples (raio x de seios da face) para confirmar o diagnótico, por ser um exame de baixa especificidade.
O tratamento tem como objetivo aliviar os sintomas do paciente e evitar a evolução de uma sinusite viral para um quadro bacteriano. A lavagem nasal com soro fisiológico é de extrema importância, pois promove alívio sintomático, auxilia na remoção de secreções e, consequentemente, no reestabelecimento da fisiologia nasal normal. Os analgésicos tem a função de promover o alívio da dor, não interferindo na evolução natural da doença. Em alguns casos, podemos associar o uso de corticosteroides tópicos, pois promovem a redução do edema, facilita a drenagem e a manutenção da permeabilidade dos óstios.
O uso de antibióticos deve ser prescrito com cautela, necessitando de uma avaliação especializada e seguindo critérios clínicos bem definidos, para se evitar o uso indevido e inadequado.