O que fazer no caso de Sangramento Nasal?
Epistaxe é o termo médico utilizado para se referir ao sangramento nasal. Este é um sintoma muito comum que pode ocorrer em qualquer época da vida.
A epistaxe pode ocorrer pelo comprometimento da integridade da mucosa nasal por condições como trauma, corpo estranho, uso de medicamentos tópicos, drogas ilícitas, perfuração septal, rinossinusites e até neoplasias. Doenças sistêmicas associadas a distúrbios da coagulação sanguínea devem ser consideradas durante a investigação clínica. Além disso, outros fatores também podem estar envolvidos como o tabagismo e uso de medicações, como AAS, anti-inflamatórios e anticoagulantes.
De forma geral, a epistaxe surge de forma súbita, sendo a maioria delas de pequena quantidade e autolimitada. Em alguns casos, pode ser recorrente ou mais volumosa, acarretando perda sanguínea.
Existem diversos tratamentos propostos para a resolução da epistaxe, tudo depende da correta localização do ponto de sangramento e a etiologia do sangramento. Em casa, deve-se evitar inclinar a cabeça para trás e mantê-la inclinada para frente. Não assoar o nariz e segurar o nariz com os dedos, sob leve pressão durante cerca de cinco minutos. Caso o sangramento não seja controlado, deve-se procurar atendimento médico.
A cauterização química dos vasos é utilizada quando existe um local sangrante específico, precisamente identificado e de pequeno volume, que em geral se localizam na região mais anterior do septo nasal. Este procedimento pode ser realizado em consultório, após aplicação de anestesia tópica.
Em outros casos, opta-se pelo tamponamento nasal. O tempo médio de permanência de um tampão nasal é de 48 horas. Apesar de apresentar bons resultados, o tamponamento pode ser desconfortável para o paciente.
Em casos de sangramentos mais intensos e difusos ou quando existe falha no controle da epistaxe com o tamponamento nasal, opta-se pela abordagem cirúrgica.