O que é Otosclerose?
A otosclerose é uma doença relacionada ao metabolismo ósseo, em que ocorre um defeito na reabsorção e remodelação ósseas. Há, então, a anquilose (endurecimento) da platina do estribo e / ou envolvimento generalizado da cóclea.
O exame físico (otoscopia) é normal. Em raros casos, observa-se uma mancha avermelhada através da membrana timpânica, conhecida como sinal de Schwartze.
Geralmente o acometimento do osso temporal é bilateral e as manifestações clínicas são em sua grande maioria bilaterais. Em 10 a 30% dos casos, a doença pode ser unilateral. Normalmente, o início ocorre entre 15 e 35 anos de idade, sendo mais comum em mulheres, podendo se agravar durante a gravidez. Evidências como história familiar e predisposição racial sugerem que o fator genético pode estar envolvido na etiologia da otosclerose.
O principal sintoma é a perda auditiva, sendo mais comum a perda tipo condutiva ou mista, que surge de forma progressiva. Além disso, o paciente pode apresentar zumbidos ou até mesmo tonturas.
Em relação aos exames complementares, a audiometria confirma o grau e tipo de perda auditiva. Já a tomografia computadorizada apresenta importante papel no detalhamento anatômico, no diagnóstico diferencial, no planejamento cirúrgico, assim como na confirmação diagnóstica, na localização e na extensão das lesões.
O tratamento tem por objetivo principal melhorar os limiares auditivos e pode ser clínico ou cirúrgico. Pode-se optar pelo uso de dispositivos eletrônicos, como os aparelhos de amplificação sonora individual (AASI), mais conhecidos como “aparelhos auditivos”. A cirurgia é indicada principalmente em perdas condutivas ou mistas com boa reserva coclear, situações que oferecem as melhores chances de sucesso.