A disfonia ou rouquidão pode ser definida como toda e qualquer dificuldade na emissão vocal que impeça a produção natural e harmoniosa da voz. Um exemplo de contexto da comunicação é a voz profissional, adotada por cantores, professores, locutores, entre outros profissionais que dependem da voz para o seu sustento.

A fala é o espelho da personalidade e do estado emocional das pessoas. Dessa forma, a voz é sensível a uma alteração psicológica, secundária, por exemplo, a um evento traumático ou catastrófico. A laringe pode ser um local de tensão neuromuscular decorrente de estresse associado ao medo, à ansiedade, à raiva e a depressão.

No caso das disfonias funcionais, a alteração na voz pode ocorrer pelo uso inadequado da voz, geralmente pela falta de conhecimento vocal, por exemplo, um cantor que inicia sua carreira seguindo o modelo de outro cantor já consagrado.

O diagnóstico da rouquidão se inicia pela anamnese, em que avalia-se o tempo de início dos sintomas, que pode ter sido súbito ou não, associação com quadros infecciosos, refluxo, hábitos de vida, como tabagismo, histórico de abuso vocal, entre outros.

O médico otorrinolaringologista também pode lançar mão do exame de videolaringoscopia para avaliação direta das pregas vocais e de toda laringe.

O tratamento das disfonias varia de acordo com o diagnóstico. De acordo com a causa, pode ser indicado uso de medicamentos, fonoterapia ou cirurgia para casos específicos. Em relação à prevenção, uma hidratação adequada e a correção dos hábitos alimentares são de grande importância. Além disso, os cuidados relacionados aos hábitos de vida, como tabagismo e consumo excessivo de bebidas alcoólicas, também merecem atenção.